No dia 5 de Fevereiro, o Professor Bruno Barros veio fazer uma ação de formação e falar-nos acerca do Bullying em escolas.
A sessão iniciou com uma atividade de grupo, na qual os alunos foram divididos em dois grupos para escrever em post-its ideias acerca do bullying e anti-bullying.
Essas ideias foram dispostas na parede da sala, lidas pelo professor e serviram de ponto de partida para uma conversa inicial.
“Bullying” vem do alemão e inglês e significa “ser ameaçador ou intimidante”, servindo hoje em dia para identificar situações de agressão entre pares e, no nosso caso, entre colegas de escola.
“O bullying só é bullying quando se repete”.
Passámos a identificar os vários tipos de bullying – físico, verbal, social, cyberbullying e bullying psicológico.
Falou-se também dos vários intervenientes numa situação de bullying – o agressor, a vítima e o espectador e das características psicológicas que por vezes movem o agressor (alguém que se sente mal consigo mesma e projeta as suas frustrações sobre outros e os danos psicológicos/trauma de que sofre a vítima (normalmente tímida e isolada socialmente).
Falou-se também como os espectadores se tornam parte do problema, não denunciando situações de bullying e bullies conhecidos, permitindo na sua inação que o problema persista.
Abordou-se ainda a forma como se deve reagir e denunciar situações de bullying – falando com pais, professores, diretores de escola. Alguns alunos questionaram se a denúncia em si não serve também para piorar a reação do agressor. O professor explicou que um agressor, por definição, tem um comportamento danoso repetitivo e não pára por si, apenas quando é confrontado por autoridades e que a abstenção da denúncia serve apenas como uma permissão para o seu comportamento agressivo naturalmente crescente.
“Sê um herói e não um cúmplice”
Para ilustrar a ideia de como as situações de bullying podem degenerar em situações perigosas e potencialmente fatais, mostrou-se o filme “I am Joe”, que fala de um jovem, vítima de bullying, que deixa um vídeo aos pais a mostrar a razão pela qual se matou.
Passando ao tema do cyberbullying, ficou explicado que se assemelha ao bullying verbal ou físico, mas que ocorre através da internet, na transmissão de boatos, fotografias ou maldizer generalizado a grupos de forma instantânea. Os alunos efetuaram várias perguntas acerca do tema, que o professor respondeu.
“Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”
O professor mostrou ainda estatísticas acerca de formas de bullying mais comuns, distinguindo entre agressores masculinos e femininos. Explicou também que por vezes as vítimas de agressões se tornam, por vingança ou como defesa, agressores em si e que têm de ser igualmente denunciados e conduzidos a corrigir o seu comportamento.
“Uma vítima de bullying é como um papel amachucado – fica com cicatrizes”.
No final da ação ficámos a saber como identificar o bullying e o que fazer se formos vítimas ou espectadores. No final a escolha é nossa – Queremos ser heróis ou cúmplices?
Clube de Jornalismo
Matilde Afonso, Rodrigo Alvarenga, Sara Silva, André Sousa, Mariana Perry (Professora)