Entre os dias 20 e 24 de fevereiro, a Escola Paula Vicente foi palco de uma série de atividades no âmbito da campanha ” O Som do Silêncio” que procurou sensibilizar toda a comunidade escolar para a necessidade de evitarmos o ruído. Existe silêncio? Uma molécula no seu percurso biológico, criará silêncio? Um átomo, no seu espaço temporal, criará caos, ordem, ruído ou silêncio?
Entre as várias intervenções, o Clube de Jornalismo colocou estas e outras questões, contextualizando-as num percurso entre as várias correntes culturais, desde o dadaísmo, ao surrealismo, colocando Luigi Russolo e John Cage no centro do palco da corrente futurista. Assim, os alunos tiveram o prazer de ouvir Intonarumori (Luigi Russolo, 1913) e a obra máxima 4’33 (John Cage, 1952). Num misto de estupefação e surpresa, os alunos tiveram, de facto, um primeiro contacto com a ausência de silêncio na música e, por osmose, no nosso quotidiano. Por fim, a diferença entre decibéis e frequência, testando a audição dos alunos, à frequência máxima atingida pelo ser humano (entre 20hz e 20.000 hz).
O Clube de Laboratório recebeu várias turmas onde mediram diferentes sons através de um sonómetro e constataram a diferença do som em meio líquido.
Também houve espaço para a performance “Intervenção silenciosas”, num género de activismo de guerrilha, por parte de alguns alunos da Ludoteca, bem como distribuição de crachás como forma de chamar a atenção para este acto mudo, precisamente o mesmo que dá voz às palavras e que muitas vezes produz o mesmo efeito que a ciência.